VAMPIROS EMOCIONAIS

A expressão  “Vampiros Emocionais” é o título de um livro que descreve pessoas que, por sua maneira de ser e de agir, sugam a energia das pessoas que as rodeiam, da mesma forma como os vampiros sugam o sangue de suas vítimas e as enfraquecem. O autor, Albert J. Bernstein (Ed. Campus) traça perfis de pessoas que encontramos em nossa família, trabalho, amizades e que, inconscientemente, afetam o nosso bem estar emocional e psicológico e os classifica em 5 grupos de “vampiros”.

Os vampiros anti-sociais – diferente do que entendemos como anti-social, de alguém que não quer sair de casa ou ver gente, o vampiro é aquele que não aprofunda relações, é um “bon vivant”, despreocupado e que só quer se divertir. São sedutores nas relações, mas acabado o fogo de palha, viram as costas e se vão em busca do próximo prazer, deixando pegadas de ressentimento e corações despedaçados .Adolescentes eternos, sabem ser charmosos apesar de irresponsáveis, são os grandes “galinhas” e acham que sempre se pode deixar o trabalho pra depois da diversão.

Os vampiros histriônicos – são os dramáticos, adoram fazer cena, chamar  a atenção por necessidade de aprovação e fazem qualquer coisa para obtê-la, destacam-se na multidão pela aparência ou comportamento, mas detestam ficar em segundo plano e reclamam se você não lhe dá atenção. Exageram e dramatizam as situações, fazem tempestade em copo d`água e tendem a se vitimizar frente aos contratempos.

Os vampiros narcisistas – só têm uma coisa de enorme, o seu Ego. Se acham os mais inteligentes, talentosos e por isso devem ser adulados, reconhecidos. Foram eles que inventaram a frase: “você sabe com quem está falando?” Adoram competir, mas não sabem perder e sempre buscam mostrar que aquela pessoa a quem admiramos ou valorizamos, não é exatamente como nós imaginamos. Se irritam quando não fazem o que ela quer que seja feito, independente de ser o certo e pouco se interessam pelas opiniões das outras pessoas. São astros, estão acima dos comuns mortais, e pronto!

Os vampiros obsessivo-compulsivos – são a personificação do excesso. Excesso de meticulosidade, de controle, de preocupação. Para ele, nenhum detalhe é pequeno e nenhum erro é insignificante. Não importa o quanto o trabalho esteja bom, haverá um “mas” a ser revisto, pois existe um pavor de errar. Exigentes consigo e com os outros vivem uma eterna luta contra o caos e suas armas são o trabalho duro, a obediência estrita aos regulamentos,, o detalhismo nas observações, que acabam tornando um inferno a vida dos que os rodeiam, pois o seu sonho é morder a todos e torná-los vampiros como eles, para se ter um mundo mais em ordem.

Os vampiros paranóicos – os paranóicos vêm coisas que os outros não vêm, mas o problema é que muitas vezes eles vêm o que não existe. No mundo do paranóico o acaso não existe, tudo é parte de um grande plano, enxergam conspirações e armações e enxergam pistas e sinais em detalhes mínimos e a desconfiança é sua maior arma. No geral têm poucos amigos íntimos, dificilmente superam uma mágoa e tendem a tomar como pessoal algo que é geral; foram despedidos metade dos empregados da indústria por economia, mas o paranóico acha que o foi, apenas porque o chefe não gostava dele. Toma como ofensa pessoal o fato de alguém ter se esquecido ou se atrasado para um compromisso e se irrita com coisas imprevisíveis.

Os vampiros emocionais, nós os encontramos todos os dias e conhecer suas características vampirescas nos ajuda a evitar sua mordida contaminante e evitar que suguem a nossa energia. Aprender a nos defender desse vampirismo é aprender a viver bem.

Dr. José Roberto C. Souza

Médico Homeopata