04/05/2011 , 15:24

ORTOMOLECULAR, ENFIM…

Há alguns dias o Conselho Federal de Medicina reconheceu a validade das bases da Medicina Ortomolecular ou Biomolecular e já não era se tempo. Destacamos partes de alguns artigos dessa resolução, que é de nosso interesse e onde se define que essa prática “visa atingir o equilíbrio entra as células e moléculas do corpo humano” . “pressupõe o emprego de técnicas que possam avaliar quais nutrientes… podem estar em falta ou excesso no organismo”. “medidas higiênicas, dietéticas e de estilo de vida, não podem ser substituídas por qualquer tratamento medicamentoso ou de suplementos…”.”os tratamentos da prática ortomolecular devem obedecer às comprovações embasadas por evidências…” e no artigo 6º diz que “Os tratamentos propostos …incluem:

I   Correção nutricional e de hábitos de vida

II  Reposição medicamentosa das deficiências de nutrientes

III Remoção de minerais… ou tóxicos, quando em excesso

Ao mesmo tempo em que valida essa prática terapêutica, reconhece a utilidade da análise mineral do cabelo como método diagnóstico para a contaminação e intoxicações por metais, calando as críticas daqueles que as faziam por desconhecer a sua ampla utilização em outros países inclusive na Medicina Forense.

Na verdade, acredito que muitas das críticas que os médicos dirigiam a essa prática decorriam do desconhecimento de suas bases e fundamentos. Na faculdade de medicina, nós estudamos Bioquímica – que é a base essencial da Ortomolecular- no primeiro ano do curso, quando ainda estamos muito distantes da prática médica e não conseguimos relacionar de maneira sólida os desequilíbrios da bioquímica corporal que estudamos aqui, com as manifestações clínicas, os sintomas dos pacientes  que só vamos encontrar nas fases mais avançadas do curso. Quando começamos a “por a mão” nos pacientes, o conhecimento da bioquímica já se esvaneceu em sua maior parte e nós, médicos, temos a maior dificuldade em relacionar distúrbios bioquímicos banais aos sintomas que observamos, muitas vezes nos levando a longas e onerosas buscas por doenças, utilizando modernos recursos tecnológicos quando apenas necessitamos do conhecimento da clínica dos desequilíbrios nutricionais.
Esse mesmo desconhecimento da bioquímica leva muitos médicos á crença –errada – de que o leite é necessário para se evitar a osteoporose, quando existem trabalhos que mostram o contrário e obscurece a percepção de um fato muito simples: nenhum outro animal bebe leite e nenhum (ave ou mamífero) tem doença desse tipo, trazendo a pergunta: de onde eles tiram o cálcio, se não bebem leite?
O aval de nosso conselho maior para essa abordagem médica de vanguarda serve de incentivo ao seu estudo por aqueles que a desconhecem e normatiza seu uso, protegendo a sociedade contra os eventuais abusos de alguns que vêem nela mais uma fonte de ganhos do que uma alternativa séria e eficaz de tratamento ou complemento terapêutico para muitas doenças degenerativas.

Dr. José Roberto

 

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