04/05/2011 , 14:59

PHDEUSES E DOGMÁTICOS !

Um dogma é uma parte de um sistema, pretensamente verdadeira, a ser aceita sem questionamentos. As religiões e algumas ciências carregam seus dogmas e  as pessoas muitas vezes não percebem o caráter escravizante do dogma, em oposição ao poder libertador da doutrina. Doutrina, palavra derivada de douto, de onde vem também o “doutor”, significa conhecimento superior e esta, sim, carrega a verdade essencial e libertadora de um saber qualquer, seja ele científico ou religioso.

Numa ocasião ouvi um relato interessante de um comentário feito em um certo grupo evangélico, de que seus fiéis não deveriam tratar-se com a Homeopatia, por ela ser ligada e baseada no espiritismo. Conheço Homeopatas espíritas, católicos, judeus, ateus, hindus, budistas,  e até mesmo, pelo menos um, Pastor evangélico. O mais interessante, porém é que o criador da Homeopatia a estruturou cerca de 50 anos antes que a doutrina espírita fosse codificada. Trago isso, não como crítica, mas como exemplo do caráter escravizante e limitador que uma posição dogmática pode trazer às pessoas.

As posições dogmáticas e não as doutrinárias foram as que levaram a igreja católica aos brutais assassinatos da “santa” inquisição e aos massacres das Cruzadas; as mesmas posturas dogmáticas levaram um  Pastor evangélico a um ofensivo gesto  de chutar uma imagem venerada por grande parte da população do país; uma opinião dogmática é a do espírita que afirma que a moleza, formigamentos e mal-estar que uma pessoa sente é uma “mediunidade a ser desenvolvida” quando, em muitos casos é apenas uma hipoglicemia a ser corrigida com dieta.

A medicina também carrega seus dogmas. Muitos deles não resistem ao tempo e são substituídos por dogmas novinhos em folha. Me lembro que, ainda estudante de Medicina, mas já interessado em nutrição, eu combatia e criticava o absurdo de se recomendar o uso de leite para os portadores de úlcera gástrica. Lembrava que o leite é protéico e alcalino, duas condições que agravariam o quadro, embora dessem um alívio temporário para a “queimação” da úlcera. Por minha sorte, o costume inquisicional de queimar os hereges em praça pública já havia sido abolido, pois era o (quase) único a criticar uma conduta que era tida como a mais eficaz pelos PHDeuses da época. Passados alguns anos, a grande “novidade”: não se deve dar leite ao ulceroso, pois tende a agravar o quadro!!!  Na mesma época eu questionava o uso de remédios para “cortar” as evacuações nas diarréias infecciosas, por enxergar o óbvio: se o organismo não eliminar os resíduos que servem de meio de cultura para as bactérias, elas irão proliferar e a infecção se agrava. Ainda assim choviam as críticas, por colocar em xeque a “verdade” terapêutica, dogmaticamente estabelecida, até que em pouco tempo (felizmente) o óbvio se fez visível e a conduta foi  modificada – não por influencia minha, a bem da verdade.

Hoje, alguns interesses  impuseram um novo dogma: a necessidade das vacinas. Coloca-se, como dogma, que as vacinas foram responsáveis pela eliminação de muitas doenças infecciosas e nós aceitamos isso sem discutir (como convém a qualquer dogma), mas será que isso é verdadeiro ou pelo menos absolutamente verdadeiro?  Em muitos países do mundo a vacinação obrigatória vem sendo questionada até judicialmente, pois existem suspeitas de que elas aumentam a incidência de doenças degenerativas e o próprio senado americano tem uma comissão especial de estudos de efeitos indesejáveis das vacinas. Talvez estejamos trocando um sarampo banal por uma grave doença degenerativa no futuro. Há um site www.taps.org.br que traz um link para “vacinas” com informações interessantes e inquietantes a respeito do assunto e que podem ajudar a formar um senso crítico mais agudo acerca de mais essa “vaca sagrada” da medicina moderna. Como disse John Kennedy, o preço da liberdade é a eterna vigilância e se não quisermos nos deixar escravizar pelos dogmas devemos estar alertas, nos instruir e questionar as informações recebidas. Inclusive essas que expus aqui!

Dr. José Roberto C. Souza

 

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