04/05/2011 , 15:18

DEPRESSÃO OU CANDIDÍASE?

Poucas pessoas, médicos inclusive, sabem que alguns casos de depressão estão diretamente ligados à presença do fungo Cândida Albicans, por um quadro denominado “hipersensibilidade à cândida” síndrome que cursa com sintomas variados, incluindo a comum vaginite além de rinite, diarréia, urticária ou coceiras de pele, gases e dor abdominal.

A candidíase crônica predispõe a uma variedade de manifestações tão grande, que praticamente todos os sistemas mostram alguma de suas repercussões e a preocupação cresce na medida em que ela é subdiagnosticada, uma vez que o uso abusivo e muitas vezes desnecessário de antibióticos desequilibra a flora intestinal, aumentando as chances do surgimento de infestação por fungos do gênero da cândida e nem sempre a vaginite, seu sintoma mais evidente e comum, está presente, pois embora ausente da mucosa vaginal, pode se manter presente no intestino.

Irregularidade intestinal periódica é uma manifestação freqüente em seus portadores, alternando diarréia com prisão de ventre, com variações no volume, consistência e cor das fezes além de uma grande tendência a distensão abdominal por formação intensa de gases, como evidencia do citado desequilíbrio da flora local. Na mesma linha, arrotos e azia mais uma compulsão por alimentos contendo açúcar, farináceos (pão, bolachas) e leite e seus derivados são achados comuns.

No domínio das alergias, a congestão nasal, coriza e coceira no nariz, urticária e pele seca, com tendência a fungos podem ser exteriorizações desse quadro e no plano mental-emocional são comuns a irritabilidade alternando com depressão, ansiedade, variações bruscas de humor ou sonolência excessiva, dificuldade de concentração e lapsos de memória. Dores de cabeça, dores articulares ou musculares inexplicáveis, bem como quadros sugestivos de “síndrome de fadiga crônica” têm sido acusados por sua relação estreita com aquele fungo, Existem então as manifestações cutâneo-mucosas (pele, unhas, boca, vagina), as sistêmicas (ou viscerais) e as alérgicas, sendo estas decorrentes da liberação de suas toxinas.

Com fatores predisponentes para tal infestação, temos o uso de antibióticos, imunossupressores e de anticoncepcionais, além de maus hábitos alimentares que levam a prisão de ventre, facilitando a proliferação do fungo e o circulo vicioso do consumo de amido ou doces, em que o consumo incrementa a cândida e esta aumenta o desejo daqueles alimentos que são acidificantes do organismo criando condições para crescimento dos fungos.

Os antifúngicos dão alívio, mas os sintomas em muitos casos voltam, para desespero dos pacientes e sensação de impotência dos terapeutas. Em algumas universidades pesquisas têm mostrado a eficácia de tratamentos menos agressivos e mais naturais, como a utilização de óleos essenciais de Cravo, Melaleuca ou Orégano, quer para aplicação local nas lesões ou para uso sistêmico, caso o fungo seja encontrado nas fezes, com a devida orientação médica.

Dr. José Roberto C.Souza

 

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