04/05/2011 , 15:20

COMA MENOS, VIVA MAIS

Múltiplas pesquisas têm mostrado que a restrição calórica, limitando o consumo de carboidratos refinados (doces, trigo, batata, etc) aumenta grandemente a perspectiva de vida além de reduzir a ocorrência de doenças degenerativas. Tais efeitos aparecem em longo prazo, mas um estudo recente feito na Alemanha mostrou que uma redução de 30% nas calorias ingeridas, resulta numa melhora considerável em testes de memória e redução dos marcadores da atividade inflamatória após poucas semanas de cuidados dietéticos.

A natureza é sábia e generosa, pois muitas vezes a pessoa se descuida por anos a fio com graves conseqüências para sua saúde e após pouco tempo de cuidados, os resultados surgem trazendo considerável melhora nos sintomas, desde que a orientação seja adequada, pois em grande parte dos casos basta uma pequena mudança de hábitos de vida grandes resultados, como o citado acima.

A saúde se apóia em um tripé: atividade física, controle do stress e nutrição. Desses 3 componentes da saúde o mais problemático nos dias atuais é o da alimentação, uma vez que a disseminação de maus hábitos á quase universal, principalmente o grave aumento do consumo de “calorias vazias”, alimentos com alto teor de carboidratos e quase nenhum de componentes realmente nutricionais, como minerais e vitaminas.

O resultado de tais maus hábitos é o surgimento de doenças “de velho” como diabetes, hipertensão ou Alzheimer, em pessoas cada vez mais jovens, com penosas repercussões para aqueles que as desenvolvem, sem falar no alto custo social pelos gastos com seu tratamento, que apenas consegue controlar os sintomas, sem chegar a uma cura real, criando uma dependência perpétua do doente em relação aos remédios que, como sugere o nome, apenas podem “remediar” a situação.

O modelo biomédico implantado aqui coloca o paciente como “vítima” da doença, visível no equivocado discurso de que Fulano “pegou” diabetes ou câncer, como se ele não houvesse contribuído de alguma forma para o surgimento da doença e essa abordagem dificulta para que outras “vítimas” em potencial se percebam como tais e possam fazer as mudanças de conduta necessárias para evitá-las.

Todas as doenças degenerativas prevalentes nos dias de hoje (hipertensão, câncer, diabetes, infarto, derrame) além de outras como a depressão ou enxaqueca, têm uma estreita ligação com hábitos alimentares, notadamente com a obesidade. O aumento da cintura, pela gordura abdominal, tem relação proporcional e direta com aquelas doenças e isso significa que quem quiser evitá-las terá, obrigatoriamente, de mudar hábitos alimentares e se forçar a emagrecer ou, em não o fazendo, preparar-se para um fim de vida de sofrimento para si e para aqueles que o querem bem.

A manutenção dos velhos e deletérios  hábitos e costumes é um pedido para adoecer, mas  assumir uma atitude proativa na direção da saúde é uma garantia de uma vida longa e saudável, desejo e um direito de todos que se disponham a pagar o preço.

Dr. José Roberto

 

Categorias

Links